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Índice
Ação Fisicoquímica (asfixias)
Soterramento
Soterramento no HUB em 21/7/2011
(Adotada pela 51ª Assembléia Geral da Associação Médica Mundial em Tel Aviv, Israel, em outubro de
1999)
Introdução
1. Durante muitos anos, os médicos têm utilizado a tecnologia das comunicações, como o telefone e o fax, em benefício de seus pacientes. Constantemente se desenvolvem novas técnicas de informação e comunicação que facilitam o intercâmbio de informação entre médicos e também entre médicos e pacientes. A telemedicina é o exercício da medicina à distância, cujas intervenções, diagnósticos, decisões de tratamentos e recomendações estão baseadas em dados, documentos e outra informação transmitida através de sistemas de telecomunicação.
2. A utilização da telemedicina tem muitas vantagens potenciais e sua demanda aumenta cada vez mais. Os pacientes que não têm acesso a especialistas, ou inclusive à atenção básica, podem beneficiar-se muito com esta utilização. Por exemplo, a telemedicina permite a transmissão de imagens médicas para realizar uma avaliação à distancia em especialidades tais como radiologia, patologia, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e ortopedia. Isto pode facilitar muito os serviços do especialista, ao mesmo tempo em que diminui os possíveis riscos e custos relativos ao transporte do paciente e/ou a imagem de diagnóstico. Os sistemas de comunicações como a videoconferência e o correio eletrônico permitem aos médicos de diversas especialidades consultar colegas e pacientes com maior freqüência, e manter excelentes resultados dessas consultas. A telecirurgia ou a colaboração eletrônica entre locais sobre telecirurgia, faz com que cirurgiões com menos experiência realizem operações de urgência com o assessoramento e a ajuda de cirurgiões experientes. Os contínuos avanços da tecnologia criam novos sistemas de assistência a pacientes que ampliarão a margem dos benefícios que oferece a telemedicina a muito mais do que existe agora. Ademais, a telemedicina oferece um maior acesso à educação e à pesquisa médica, em especial para os estudantes e os médicos que se encontram em regiões distantes.
3. A Associação Médica Mundial reconhece que, a despeito das conseqüências positivas da telemedicina, existem muito problemas éticos e legais que se apresentam com sua utilização. Em especial, ao eliminar uma consulta em um lugar comum e o intercâmbio pessoal, a telemedicina altera alguns princípios tradicionais que regulam a relação médico-paciente. Portanto, há certas normas e princípios éticos que devem aplicar os médicos que utilizam a telemedicina.
4. Posto que este campo da medicina está crescendo tão rapidamente, esta
Declaração deve ser revisada periodicamente a fim de assegurar que se trate dos
problemas mais recentes e mais importantes.
Tipos de Telemedicina
5. A possibilidade de que os médicos utilizem a telemedicina depende do acesso à tecnologia e este não é o mesmo em todas as partes do mundo. Sem ser exaustiva, a seguinte lista descreve os usos mais comuns da telemedicina no mundo de hoje.
6. Independente do sistema de telemedicina que utiliza o médico, os princípios
da ética médica, a que está sujeita mundialmente a profissão médica, nunca devem
ser comprometidos.
PRINCÍPIOS
Relação Médico-Paciente
7. A telemedicina não deve afetar adversamente a relação individual médico-paciente. Quando é utilizada de maneira correta, a telemedicina tem o potencial de melhorar esta relação através de mais oportunidades para comunicar-se e um acesso mais fácil de ambas as partes. Como em todos os campos da medicina, a relação médico-paciente deve basear-se no respeito mútuo, na independência de opinião do médico, na autonomia do paciente e na confidencialidade profissional. É essencial que o médico e o paciente possam se identificar com confiança quando se utiliza a telemedicina.
8. A principal aplicação da telemedicina é na situação onde o médico assistente necessita da opinião ou do conselho de outro colega, desde que tenha a permissão do paciente. Sem dúvida, em alguns casos, o único contato do paciente com o médico é através da telemedicina. Idealmente, todos os pacientes que necessitam ajuda médica devem ver seu médico na consulta pessoal e a telemedicina
deve limitar-se a situações onde o médico não pode estar fisicamente presente
num tempo aceitável e seguro.
9. Quando o paciente pede uma consulta direta de orientação só se deve
dar quando o médico já tenha uma relação com o paciente ou tenha um conhecimento
adequado do problema que se apresenta, de modo que o médico possa ter uma idéia
clara e justificável. Sem dúvida, deve-se reconhecer que muitos serviços de
saúde que não contam com relações pré-existentes (como centros de orientação por
telefone e certos tipos de serviços) em regiões afastadas são considerados como
serviços valiosos e, em geral, funcionam bem dentro de suas estruturas próprias.
10. Numa emergência em que se utilize a telemedicina, a opinião do
médico pode se basear em informação incompleta, porém nesses casos, a urgência
clínica da situação será o fator determinante para se empregar uma opinião ou um
tratamento. Nesta situação excepcional, o médico é responsável legalmente de
suas decisões.
Responsabilidades do Médico
11. O médico tem liberdade e completa independência de decidir se utiliza ou recomenda a telemedicina para seu paciente. A decisão de utilizar ou recusar a telemedicina
deve basear-se somente no beneficio do paciente.
12. Quando se utiliza a telemedicina diretamente com o paciente, o
médico assume a responsabilidade do caso em questão. Isto inclui o diagnóstico,
opinião, tratamento e intervenções médicas diretas.
13. O médico que pede a opinião de outro colega é responsável pelo
tratamento e por outras decisões e recomendações dadas ao paciente. Sem dúvida,
o tele-consultado é responsável ante o médico que trata pela qualidade da
opinião que dar e deve especificar as condições em que a opinião é válida. Não
está obrigado a participar se não tem o conhecimento, competência ou suficiente
informação do paciente para dar uma opinião bem fundamentada.
14. É essencial que o médico que não tem contato direto com o paciente (como o tele-especialista ou um médico que participa na televigilância) possa participar em procedimentos de seguimento, se for necessário.
15. Quando pessoas que não são médicas participam da telemedicina, por exemplo, na recepção ou transmissão de dados, vigilância ou qualquer outro propósito, o médico deve assegurar-se que a formação e a competência destes outros profissionais de saúde seja adequada, a fim de garantir uma utilização apropriada e ética da telemedicina.
Responsabilidade do Paciente
16. Em algumas situações, o assume a responsabilidade da coleta e transmissão de dados ao médico, como nos casos de televigilância. É obrigação do médico assegurar que o paciente tenha uma formação apropriada dos procedimentos necessários, que é fisicamente capaz e que entende bem a importância de sua responsabilidade no processo. O mesmo princípio se deve aplicar a um membro da família ou a outra pessoa que ajude o paciente a utilizar a
telemedicina.
O Consentimento e Confidencialidade do Paciente
17. As regras correntes do consentimento e confidencialidade do paciente também se aplicam às situações da telemedicina. A informação sobre o paciente só pode ser transmitida ao médico ou a outro profissional de saúde se isso for permitido pelo paciente com seu consentimento esclarecido. A informação transmitida deve ser pertinente ao problema em questão. Devido aos riscos de filtração de informações inerentes a certos tipos de comunicação eletrônica, o médico tem a obrigação de assegurar que sejam aplicadas todas as normas de medidas de segurança estabelecidas para proteger a confidencialidade do paciente.
Qualidade da Atenção e Segurança na Telemedicina
18. O médico que utiliza a telemedicina é responsável pela qualidade da atenção que recebe o paciente e não deve optar pela consulta de telemedicina,
a menos que considere que é a melhor opção disponível. Para esta decisão o
médico deve levar em conta a qualidade, o acesso e custo.
19. Deve-se usar regularmente medidas de avaliação da qualidade, a fim de assegurar o melhor diagnóstico e tratamento possíveis na telemedicina. O médico não deve utilizar a telemedicina sem assegurar-se de que a equipe encarregada do o procedimento seja de um nível de qualidade suficientemente alto, que funcione de forma adequada e que cumpra com as normas recomendadas. Deve-se dispor de sistemas de suporte em casos de emergência. Deve-se utilizar controles de qualidade e procedimentos de avaliação para vigiar a precisão e a qualidade da informação coletada e transmitida. Para todas as comunicações da telemedicina deve-se contar com um protocolo estabelecido que inclua os assuntos relacionados com as medidas apropriadas que se devem tomar em casos de falta da equipe ou se um paciente tem problemas durante a utilização da telemedicina.
Qualidade da informação
20. O médico que exerce a medicina à distancia sem ver o paciente deve avaliar cuidadosamente a informação que recebe. O médico só pode dar opiniões e recomendações ou tomar decisões médicas, se a qualidade da informação recebida é suficiente e pertinente para o cerne da questão.
Autorização e Competência para Utilizar a Telemedicina
21. A telemedicina oferece a oportunidade de aumentar o uso eficaz dos
recursos humanos médicos no mundo inteiro e deve estar aberta a todos os
médicos, inclusive através das fronteiras nacionais.
22. O médico que utiliza a telemedicina deve estar autorizado a exercer a medicina no país ou estado onde reside e deve ser competente na sua especialidade. Quando utilizar a telemedicina diretamente a um paciente localizado em outro país ou estado, o médico deve estar autorizado a exercer no referido estado ou país, ou deve ser um serviço aprovado internacionalmente.
História Clínica do Paciente
23. Todos os médicos que utilizam a telemedicina devem manter prontuários clínicos adequados dos pacientes e todos os aspectos de cada caso devem estar documentados devidamente. Deve-se registrar o método de identificação do paciente e também a quantidade e qualidade da informação recebida. Deve-se registrar adequadamente os achados, recomendações e serviços de telemedicina
utilizados e se deve fazer todo o possível para assegurar a durabilidade e a
exatidão da informação arquivada.
24. O especialista que é consultado através da telemedicina também deve
manter um prontuário clínico detalhado das opiniões que oferece e também da
informação que se baseou.
25. Os métodos eletrônicos de arquivamento e transmissão da informação do paciente, só podem ser utilizados quando se tenham tomado medidas suficientes para proteger a confidencialidade e a segurança da informação registrada ou intercambiada.
Formação em Telemedicina
26. A telemedicina é um campo promissor para o exercício da medicina e a formação neste campo deve ser parte da educação médica básica e continuada. Deve-se oferecer oportunidades a todos os médicos e outros profissionais de saúde interessados na
telemedicina.
RECOMENDAÇÕES
27. A Associação Médica Mundial recomenda que as associações médicas
nacionais:
28. A Associação Médica Mundial segue observando a utilização da telemedicina em suas distintas formas.
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Idealização, Programação e Manutenção: Prof. Doutor Malthus Fonseca Galvão
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