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Índice
Antropologia Forense
Papiloscopia
É método importantíssimo pelo fato da unicidade, perenidade e imutabilidade das impressões, associado ao fato de que geralmente as impressões digitais ficam nos corpos que entram em contato com o corpo humano.
A papiloscopia é a primeiro método de eleição para identificação humana, seguido da antropologia forense e da genética forense, por ser mais prático e barato. Entretanto, não em aplicável em todos os casos, pois é necessário um registro prévio para o confronto.
As impressões digitais aparecem na pessoa no segundo trimestre de gestação e seu desenho é praticamente constante ao longo da vida.
As impressões digitais são uma característica biométrica crucial para a identificação individual, devido à sua unicidade e imutabilidade ao longo da vida. A classificação das impressões digitais ajuda na organização e análise dos padrões encontrados nas pontas dos dedos. Os sistemas de classificação desenvolvidos ao longo do tempo permitem uma catalogação sistemática destes padrões.
Tipos Básicos de Impressões Digitais
Existem três tipos principais de padrões de impressões digitais reconhecidos internacionalmente, e cada um possui subtipos:
Classificação no Brasil
No Brasil, a terminologia utilizada para a classificação de impressões digitais inclui algumas variantes nomeadas de forma diferente em relação ao padrão internacional:
No Brasil, o sistema de classificação de impressões digitais é baseado em uma codificação numérica que simplifica a identificação e catalogação de padrões digitais. Este sistema é conhecido como "datilograma fundamental" e emprega números de 1 a 4 para representar os quatro principais padrões de impressões digitais:
A classificação começa com o polegar direito e segue sequencialmente até o dedo mínimo da mão esquerda, gerando um código de dez dígitos que é único para cada indivíduo.
O termo "fundamental" refere-se à importância essencial deste sistema no registro e na recuperação de informações biométricas em bancos de dados.
Utilizado tanto em aplicações civis quanto criminais, o "datilograma fundamental" facilita a identificação rápida e eficiente em sistemas de segurança e investigações forenses, integrando-se facilmente com outras tecnologias de identificação biométrica.
Método de Classificação de Galton-Henry
O método Galton-Henry, desenvolvido por Sir Francis Galton e Sir Edward Henry, é um dos sistemas mais usados mundialmente.
Ele classifica as impressões digitais com base na presença e configuração de arcos, laços e espirais.
Cada dedo recebe um valor numérico dependendo do padrão observado, e a soma destes valores resulta em um número de classificação único para cada conjunto de impressões digitais.
Este sistema de classificação ajuda significativamente na organização e rápida recuperação de informações em bancos de dados de impressões digitais, tanto em aplicações civis quanto criminais.
A terminologia brasileira se alinha ao padrão internacional, facilitando a integração com sistemas globais de identificação.
A história da papiloscopia é rica e envolve uma série de descobertas e inovações que moldaram seu uso nos dias atuais.
Origens Antigas
Embora o uso moderno das impressões digitais como um método de identificação seja relativamente recente, as origens da papiloscopia remontam a antiguidade. Documentos antigos da China, Babilônia, e da Pérsia já mencionavam o uso de impressões de mãos e dedos em argila ou outros materiais para fins de negócios e identificação.
Desenvolvimento Científico
O avanço significativo no estudo das impressões digitais começou no século XIX. Em 1823, o anatomista tcheco Jan Evangelista Purkyn? (Purkinje) classificou as impressões digitais em nove tipos básicos, baseado em características como loops, espirais e arcos.
Essa foi a primeira tentativa conhecida de classificar sistematicamente as impressões digitais.
A sistematização prática começou com o inglês Sir Francis Galton, que publicou "Finger Prints" em 1892. Neste trabalho, Galton desenvolveu um método estatístico para o estudo das impressões digitais e provou que cada impressão digital é única e não muda com o tempo. Isso pavimentou o caminho para o uso de impressões digitais como uma ferramenta confiável para identificação pessoal.
Implementação Forense
O primeiro uso forense de impressões digitais ocorreu na Argentina em 1892, quando Juan Vucetich, um imigrante croata trabalhando para a polícia argentina, começou a aplicar técnicas de identificação por impressões digitais.
Ele desenvolveu um método próprio de classificação que foi usado para resolver um caso de assassinato, marcando o início da papiloscopia como uma ferramenta forense. Esse sistema foi chamado de "Icnofalangometria" e mais tarde ficou conhecido como o Sistema Vucetich.
Adoção e Evolução Global
A adesão global ao uso de impressões digitais para identificação começou no início do século XX.
Países ao redor do mundo adotaram essa técnica, cada um desenvolvendo seus próprios sistemas de classificação, até a criação de padrões mais unificados.
No decorrer do século XX, a tecnologia influenciou significativamente a papiloscopia. O desenvolvimento da informática permitiu a criação de bases de dados automatizadas, como o Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais (AFIS), revolucionando a maneira como as impressões digitais são processadas e comparadas.
Papiloscopia no Brasil
Um nome brasileiro notável na área de papiloscopia é Félix Pacheco. Ele foi uma figura central na implementação e no desenvolvimento da identificação datiloscópica no Brasil.
Félix Pacheco, que era jornalista e também serviu como diretor do Instituto de Identificação Félix Pacheco no Rio de Janeiro, adotou e promoveu o uso do sistema datiloscópico no Brasil, substituindo o antigo sistema de identificação por meio de medidas antropométricas.
Sob sua liderança, o Instituto de Identificação Félix Pacheco tornou-se uma referência nacional e internacional na área de identificação civil e criminal, contribuindo significativamente para a evolução das técnicas de identificação pessoal no país.
Seu trabalho ajudou a estabelecer uma base sólida para as práticas modernas de identificação biométrica no Brasil, marcando um avanço significativo na área de papiloscopia.
Desafios e Futuro
Hoje, a papiloscopia enfrenta desafios relacionados à precisão das técnicas automatizadas, especialmente em casos de impressões digitais parciais ou de baixa qualidade. A pesquisa continua evoluindo, buscando integrar novas tecnologias como a biometria e a inteligência artificial para aumentar a eficácia e a precisão da identificação por impressões digitais.
A história da papiloscopia reflete sua importância como uma das formas mais confiáveis de identificação biométrica. Seu desenvolvimento histórico não apenas melhorou as práticas de segurança pública e justiça, mas também destacou a interseção entre tecnologia, ciência e a constante busca pela precisão na identificação humana.
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