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Sala de espera: estudo da percepção dos usuários de clínicas odontológicas

José Galba de Meneses Gomes

O presente estudo teve como objetivo conhecer a percepção que se tem da sala de espera de dentista. A metodologia constou de duas técnicas complementares e aplicadas de forma seqüenciada – a classificação e o diferencial semântico. Foram fotografadas 33 salas de espera de consultórios e clínicas odontológicas, localizadas num bairro residencial e comercial – Aldeota – de classe media e media alta na cidade de Fortaleza e 23 dessas salas, foram escolhidas em imagens compostas por três fotografias de cada sala e apresentadas a quinze pessoas, sendo sete mulheres e oito homens, com idade entre 19 e 57 anos e escolaridade variando de média completa a superior completa, agrupadas por semelhança. Doze conjuntos fotográficos representantes de classes típicas resultantes da classificação, foram submetidos a um diferencial semântico. Esta técnica foi aplicada a 152 pessoas de ambos os sexos na faixa etária entre 18 e 47 anos, com escolaridade média e superior, distribuídos em dois grupos experimentais: 1. O Grupo que Não Sabia que as imagens eram de sala de espera de consultórios odontológicos (GNS), com 65 pessoas; 2. O Grupo que Sabia que as imagens eram de sala de espera de consultórios odontológicos (GS), com 87 pessoas. Para os componentes dos dois grupos foi feita a seguinte pergunta “Você tem medo de dentista?” Após análise estatística dos dados, pode-se concluir que o espaço da sala de espera é avaliado negativamente pela grande maioria dos entrevistados e que o medo de dentista está presente com mais evidência, nos colaboradores do sexo feminino, nos mais jovens e naqueles com nível de escolaridade mais baixo. Não houve significativa diferença entre a percepção dos que compõem os grupos GNS e GS.

PALAVRAS-CHAVE: Sala de Espera, Percepção, Medo, Dentista.

Professor do Curso de Odontologia da UNIFOR - galbagomes@uol.com.br